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17 de setembro de 2012

TURISMO NERD :)) - OS CENÁRIOS DE GAME OF THRONES PARTE 3


Parte 3 -  Dubrovnik,  a casa Baratheon, o verdadeiro trono Targaryen.



"Nossa é a Fúria!" 



Boa Tarde nobres transeuntes e fans da Saga! Com tem passado?

Conforme prometido, trago a última parte da série de postagens sobre Game Of Thrones. Como comentei antes, caso novos destinos sejam incluídos eu com certeza os trarei até vocês mas por ora, ficaremos aqui mesmo. A página "Turismo Nerd"  não vai parar não! Já tenho pesquisas prontas sobre outros filmes, outras séries, continuem acompanhando! E tem mais, caso tenham sugestões de filmes, queiram saber detalhes sobre os cenários mesmo que não façam idéia de onde tudo tenha sido rodado, me mandem as solicitações que eu pesquiso tudo para vocês, certo?





Mas voltemos então a nossa amada série :)  
Nesta última etapa, já temos um momento de aclamação de público e crítica, com somas maiores destinadas a cada episódio o que é claro, voltou-se também para uma melhoria nos cenários locados.  Como eu descrevi na segunda parte de Cenários Reais de Game Of Thrones - MALTA
o Castello Di Cavallieri di Malta e a cidade de La Valleta já eram pequenas para o vulto da série e Dubrovnik oferecia imagens muito próximas aos cenários descritos pelo autor, além de ter um excelente custo-benefício em questões de deslocamento por ser uma cidade  pequena. Muito do que se vê hoje em imagens finais  na série tem apenas "aparos de arestas" em detalhes como antenas de televisão, parabólicas e alguns prédios mais modernos ao fundo de uma imagem de horizonte. De resto, o cenário está pronto e perfeito. 









DUBROVNIK,  a "Pérola do Adriático"




A cidade de Dubrovnik,  na Croácia é uma fortificação medieval construída sobre um rochedo. A partir do momento em que o visitante atravessa um de seus portões um forte sentimento se instala em seu coração. Este sentimento atinge o clímax no instante em que se vislumbra o Mediterrâneo do alto das muralhas da cidade. Você imagina como os habitantes desta cidade devem ter sentido no passado: como os reis do mundo, os deuses do Mediterrâneo.


Turismo

Esta cidade murada foi descrita por Lord Byron como “A Pérola do Adriático”. George Bernard Shaw  a chamou  de o Paraíso na Terra. Classificada pela UNESCO, em 1979, como património da Humanidade, viu esta classificação ser confirmada em 1994, depois da reconstrução.  Mais a frente comentarei alguns detalhes sobre a guerra que assolou a região no começo dos anos 90.  A Croácia não foi o único local a ser atingido. Países como a Bósnia, em especial sua capital, Sarajevo, foram muito prejudicados. Ainda bem que tudo isso acabou, e hoje podemos novamente passear por estes locais esplêndidos. Que tudo permaneça assim!
Atualmente, Dubrovnik possui uma população de aproximadamente 50.000 habitantes e grande parte da sua economia é baseada no turismo, graças a seu litoral espetacular e o seu centro histórico.
Entre as muitas atrações que a cidade oferece, sem dúvida, podemos destacar a cidade velha. O visitante irá sentir-se parte da história do lugar e visitar vários monumentos e edifícios antigos que são mantidos de forma impecável em Dubrovnik.





Principais atrações turísticas de Dubrovnik

As principais atrações de Dubrovnik: a igreja de S. Salvador, a grande fonte de Onofre, o museu e o mosteiro franciscano, a coluna de Orlando e o Palácio Sponza, a igreja de S. Brás (Sveti Vlaho), padroeiro da cidade, a Câmara Municipal e o Palácio do Reitor (museu da cidade).

Dubrovnik é uma cidade que tem uma estrutura voltada para o turista, pela história do lugar e os grandes monumentos preservados, mas, também, pelo litoral espetacular. As praias de Dubrovnik são conhecidas pela beleza da natureza e suas belas paisagens, onde também pode-se praticar diversas atividades esportivas aquáticas.
No que diz respeito à gastronomia, Dubrovnik apresenta uma cozinha internacional sofisticada e completa. Seus hoteis satisfazem as expectativas de todos os visitantes, já que tem todos os tipos de acomodações. Dubrovnik é uma cidade que vale a pena conhecer no verão, quando a cidade borbulha.






Histórico

A prosperidade da cidade sempre foi baseada no comércio marítimo. Na Idade Média foi a capital da República de Ragusa, a única cidade-estado no Adriático oriental a rivalizar com Veneza, atingindo o seu apogeu nos séculos XV e XVI. Em 1991 foi cercada por e bombardeada por forças militares da Sérvia e Montenegro na sequência da fragmentação da Jugoslávia, o que provocou grandes estragos. Em croata e outras línguas eslavas, a cidade é conhecida como Dubrovnik, em italiano como Ragusa, que é também o seu nome histórico, em grego como Raiyia (Ραυγια) ou Ragousa (Ραγουσα). O atual nome croata foi dotado oficialmente em 1918, após a queda do Império Austro-húngaro. O termo Dubrovnik provém do termo ilírio dubrava, que significa bosque de carvalhos.


Primórdios

Segundo a tradição histórica, Ragusa foi fundada no século VII numa ilha rochosa de nome Laus (ou Lausa), a qual servia de abrigo a refugiados latino-dálmatas da cidade próxima de Epidauro, ou Ragusa Velha, a moderna Cavtat, que fugiram da cidade por causa das invasões eslavas (ávaros). Segundo alguns a fundação ocorreu em 614 depois de Cristo e resultou da fusão de duas pequenas localidades: Laus, um povoado de uma pequena ilha na costa meridional da Dalmácia, para onde se dirigiram os já referidos refugiados, e Dubrava, um povoado de pescadores imigrantes eslavos no pé do monte Srd.

Uma outra teoria recentemente proposta, baseada em escavações arqueológicas, contradiz a história tradicional. Nessas escavações foram descobertos vários vestígios, nomeadamente uma basílica grega do século VIII e destroços de muralhas, que indicam que nesse tempo a dimensão da cidade era já considerável. Entre a comunidade científica é cada vez mais aceito que a cidade já existia antes de Cristo. Esta teoria grega ganhou força com a descoberta em escavações recentes de numerosos artefatos de origem grega. Além disso, a descoberta de areia natural debaixo da estrada principal da cidade parece contradizer a teoria da ilha de Laus.

No seu livro "Povijest dubrovacke luke" (História do porto de Dubrovnik), Antun Nicetic defende a teoria que a cidade foi fundada por marinheiros gregos. Um elemento chave  é o fato de que os navios da Antiguidade viajavam entre 40 e 50 milhas náuticas(entre 75 e 90 km) e precisavam de costas arenosas para onde pudessem ser puxados para passar a noite. O sítio de descanso ideal deveria ter uma fonte de água doce próxima. Dubrovnik tem essas condições e está situada quase exatamente a meio caminho entre duas colónias gregas conhecidas — Budva and Korcula — distantes entre si 95 milhas.






Os árabes atacaram a cidade, já próspera, no século VIII. Conta-se que Rolando, o cavaleiro lendário sobrinho de Carlos Magno acudiu em ajuda da cidade assediada e libertou-a dos invasores.


Desmembramento da Jugoslávia (1991)


Em 1991 a Croácia e a Eslovénia, até então partes da República Socialista Federativa da Jugoslávia, declararam a sua independência.

Apesar da cidade antiga ter sido desmilitarizada no princípio da década de 1970 a fim de prevenir estragos em caso de guerra, tropas sérvias e montenegrinas do que fora o Exército Popular Jugoslavo (JNA) atacaram a cidade em 1991. O governo de Montenegro, liderado por Momir Bulatovic, leal ao governo sérvio de Slobodan Miloševic, declarou que não permitiria que Dubrovnik permanecesse na Croácia porque, segundo ele, historicamente a cidade fazia parte de Montenegro. Isto apesar da população da cidade ser maioritariamente croata, 6% sérvia e ter muito poucos montenegrinos. Muitos consideram que as pretensões do governo de Bulatovic se enquadravam no plano de Miloševic para conseguir apoiantes para a causa da Grande Sérvia.


Em 1 de outubro de 1991, Dubrovnik foi atacada e cercada pelo JNA durante sete meses. Os bombardeamentos de artilharia mais violentos ocorreram em 6 de dezembro de 1991, quando foram mortas 19 pessoas e 60 ficaram feridas. O exército jugoslavo nunca mostrou intenção de ocupar a cidade, pois oficialmente propunham que fosse restaurada a antiga República de Ragusa, independente tanto da Sérvia e Montenegro como da Croácia, uma tese que tinha alguns apoiantes entre os habitantes da cidade. Mas se a cidade não chegou a ser ocupada, o mesmo não aconteceu com as regiões vizinhas, nomeadamente a zona de de Konavle e a cidade de Cavtat, que estiverem ocupadas durante quase três anos, o que provocou a fuga em massa de muitas pessoas, quer para o estrangeiro quer para Dubrovnik. Em maio de 1992 o exército croata acabou com o cerco e libertou os arredores da cidade, mas o perigo de ataques do JNA manteve-se por mais três anos.


O número total de baixas civis do conflito segundo a Cruz Vermelha Croata foi de 114 civis mortos, entre eles o poeta Milan Milišic. A estes há que acrescentar cerca de 200 soldados croatas. Calcula-se que cerca de 300 pessoas da região foram presas e torturadas em campos de concentração do Montenegro e da Bósnia. A guerra causou também uma grande perda de população, já que os 43.770 habitantes em 2001 ainda estão longe dos 
49.728 de 1991.

O rico patrimônio da cidade foi também muito afetado, pois caíram milhares de mísseis sobre as igrejas, palácios e mansões históricas. Um em cada três edifícios da cidade sofreram estragos e uma dezena de casas ficou completamente destruída. Contaram-se mais de 2000 impactos de bala nas paredes e centenas de ruas ficaram com crateras de granadas. Algo surpreendentemente, não foi destruído nenhum pedaço da muralha.
"A liberdade não se vende nem por todo o ouro do mundo" é o lema ancestral da cidade e mais uma vez ele foi cumprido.

Os generais do JNA envolvidos no cerco foram processados no Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia. O comandante do ataque à cidade, o general Pavle Strugar, foi condenado a oito anos de prisão por esse tribunal pela seu papel no ataque.



Período mais recente


Com o fim da guerra, teve início um grande projeto de reconstrução dirigido pelo governo croata e pela UNESCO, usando técnicas e materiais tradicionais. Um dos maiores problemas enfrentados durante a reconstrução foi substituir as famosas telhas de terracota rosadas dos edifícios da cidade antiga danificados no bombardeio, que acabaram por vir de uma fábrica próxima de Toulouse, França. Durante a reconstrução procurou-se reforçar as estruturas antigas contra terramotos. Em 2005 a maior partes dos danos da guerra já estavam reparados. As consequências dos bombardeamentos podem ser observadas numa tabuleta existente junto à porta da cidade, que mostra os pontos atingidos durante o cerco. Estes podem também são claramente visíveis de qualquer ponto elevado da cidade, já que os telhados restaurados são bastante mais claros que os antigos.





No princípio do de agosto de 2007 declarou-se um incêndio gigantesco na vizinha Bósnia-Herzegovina que rapidamente alastrou ao território croata, alstrando desde as imediações de Cavtat, 30 km a sul, avançando pelo vale de Župa até rodear Dubrovnik. As altas temperaturas (acima de 40 °C) e o vento forte soprando de sul facilitaram a propagação a tal ponto que, pouco antes da extinção do fogo a 6 de agosto, chegou-se a temer pela segurança da cidade e dos seus habitantes. A determinação e valentia da população que ajudou os bombeiros foi crucial para apagar o incêndio em menos de 24 horas. O estado de alarme, o fumo e o som das sirenes à noite fizeram recordar a muitos habitantes os dias dos bombardeamentos de 1991. Algumas marcas psicológicas podem ser mais perenes que as próprias muralhas da cidade. Contudo, o turismo tem se mostrado um enorme aliado tanto na reconstrução quanto na valorização do patrimônio e histórico de Dubrovnik e das pessoas que vivem dentro de suas muralhas. Que a paz venha em proporções ainda maiores que o número de turistas ávidos por suas paisagens de sonho!





E então, vamos para a Croácia? Vejam no link abaixo os pacotes que tenho prontos, para que possam conhecer não só Dubrovnik, como toda a região entre os países da Bósnia, Croácia, Sérvia e Montenegro. O Leste Europeu é o lugar de onde vieram os contos de fadas, e quem já foi para lá sabe do que estou falando ;))

Vejam os detalhes aqui nos pacotes para Croácia e região.

No mais Hvala vam svima, biti u miru! 
( obrigada a todos, fiquem em paz! ) 














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